segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Videos - Yorkshires no Mundial HN na França

Videos - Yorkshires no Mundial HN na França
No site de OBJO (www.objo.org.br) tem um video, feito pelo Juiz Carlito Lemo, com os yorkshires apresentados no Mundial HN na França.
http://objo.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=138%3Ayorkshire&catid=100%3Acanarios-de-porte&Itemid=151&lang=pt

Encontrei na NET mais videos dos yorkshires do Mundial HN na França.

Campeão Lipocrômico - 94 pontos
http://www.dailymotion.com/video/xgucdj_ahmet-kesebir-fransa-2011-world-cup_animals#from=embed

Campeão Pintado - 94 pontos
http://www.dailymotion.com/video/xguvur_oyuz-ozkaya-dunya-yampyuonu-york_animalsiframe

Melânicos
http://www.dailymotion.com/video/xguvpa_oyuz-ozkaya-dunya-yampyyonu-ahrac-takim_animals#from=embediframe&start=3

Lipocrômicos
http://www.dailymotion.com/video/xguvao_oyuz-ozkaya-dunya-2-si-takim-york_animalsiframe
http://www.dailymotion.com/video/xgucte_oyuz-ozkaya-fransaya-gyden-takimlar_animals

pintados
http://www.dailymotion.com/video/xgucf8_cuneyt-onuk-fransa-2011-world-cup_animals

É impressionante a padronização entre eles. Realmente passáros magnificos com excelente forma, postura imponente com o principal destaque as excelentes cabeças realmente mais elevada a com a fronte alta. Segundo o que me foi passado no ultimo curso da FOB foi dito que os passaros do mundial são menores porem mais robustos do que os apresentados por aqui.

Estes videos confirmam o exposto no artigo do General na ultima Brasil Onitológico conforme tópico abaixo.

Artigo - O que houve com a Raça YORKSHIRE no Brasil ?

Artigo Revista Brasil Ornitológico n.81
autor: Jose Luis de Castro e Silva

Se observarmos atentamente a figura de nosso Manual de Julgamento referente a raça York e os exemplares apresentados no Campeonato Brasileiro podemos notar como a maioria está bem diferente do padrão.
Os primeiros YORKS que vimos, lá pelos anos cinquenta do século passado eram bem parecidos com o padrão e os poucos que chegaram ao Rio, junto aos Norwiches de ótima qualidade foram empregados pelos criadores de frisados para mestiçagem com resultados bem satisfatórios após três ou quatro anos.
Depois só os encontramos na década de setenta na criação de Antunes Netto, em Curitiba e ele, inclusive nos presenteou com um ótimo casal.
Posteriormente na casa do Prefeito de Mogi das Cruzes vimos ótimos importados e alguns criadores de São Paulo também tinham pássaros muito bons.
Conseguimos alguns exemplares com o Prefeito e aumentamos o plantel.
No Campeonato Brasileiro realizado em Salvador um de nossos canários foi o campeão da raça, pois aquela época todos eram julgados juntos.
A importação feita pelo Mendes Junior trouxe canários que estavam sendo premiados na Grã-Bretanha. Eram diferentes, bem maiores em tamanho com a cauda um pouco levantada, com plumagem abundante apesar da posição de concurso continuar idêntica.
O problema era que a COM continuava com o standart anterior mas os criadores brasileiros viram os pássaros do Mendes e começaram a aumentar os nossos desordenadamente e chegamos ao ponto que estamos.
Mestiçaram com o LANCA e começou-se a valorizar os grandes, normalmente sem a devida posição e características preconizadas pelo padrão. Os "baitas" começaram a ganhar os concursos.
Na Grã-Bretanha voltaram ao padrão Golding hoje também adotado pela COM mas nós continuamos do jeito que estávamos.
Contam inclusive uma história que não sei se é verídica, que havia um criador que mandava dois tipos de York, um dentro do padrão e outro que chamamos de "charuto" e dizia: se cair na mesa do general ganha o padrão se for para outra ganha o grandão. Se o fato é verídico eu não sei, mas que quando julgávamos ganhava o tipo padrão não temos dúvidas, apesar das reclamações que era pequeno. No último Brasileiro que participamos apareceu um nevado, bem próximo ao padrão e após o julgamento constatamos que tanto o branco como o intenso eram bem maiores o que não é normal e perdiam em todos os outros itens da planilha.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO ?
Os pássaros atuais em sua grande maioria estão com tamanho igual ou maior que o LANCASHIRE.
O YORK é um pássaro difícil de trabalhar pois necessita de penas longas na asa e na cauda e penas de cobertura pequenas e rígidas.
Os pássaros atuais, começando pela cabeça;

1º- Não tem elevação frontal;
2º- Não tem cabeça redonda e os olhos estão muito próximos do topo que necessita ser arredondado e não plano;
3º- Não tem a nunca em linha direta até os ombros definido na parte superior um pescoço.
4º- Não tem a parte inferior ao bico em curva contínua com o peito, ventre e base da cauda.

No que se refere as patas, as coxas estão dentro da plumagem, e as canelas (tarsos) não tem o comprimento necessário para a posição exigida e ainda a implantação das pernas está fora da posição exigida.
No que se refere a plumagem as penas de cobertura estão grandes, arruinando o contorno compacto que devem ter, principalmente na parte inferior que vai das pernas ao início da cauda e em muitos pássaros aparecem chorões que não existem no padrão.
No que se refere a posição, item mais valorizados do padrão muito poucos pássaros ficam perto do exigido. Para que se tenha uma base num pássaro de 18cm, a cabeça e o pescoço tem aproximadamente 3cm, o corpo dos ombros até o início da cauda 10cm e parte aparente da cauda (do final das asas até a extremidade) 5cm.
Quantos pássaros temos visto com as características exigidas pelo padrão ? muito poucos.
O Juiz Carlito esteve no mundial do hemisfério norte e constatou a grande diferença entre o YORK europeu e o brasileiro.

O QUE FAZER ?
Devido a dificuldade de importação o trabalho exigirá conhecimento grande do padrão e muita persistência por parte dos criadores.
Por parte dos Juízes seguir a risca o que preconiza o manual alijando da competição todos os pássaros que não apresentem as características necessárias como aqueles que tem como olhos quase no topo da cabeça, os que tem a coxa dentro da plumagem, os canelas curtas os de plumagem solta sem definir o contorno, com chorões e principalmente os que não apresentam condições de tomar posição do concurso.
Se paulatinamente tais evidências forem tomadas, com os criadores utilizando apenas os pássaros de boa qualidade, pode-se com o material genético disponível, em poucos anos podem voltar a ter pássaros de boa qualidade.
Na última edição do MANUAL DDE JULGAMENTO aparece dois pássaros daqui, um nevado e um branco, em condições de serem trabalhados. O intenso da figura 85-1 é europeu. Não podemos esquecer também que a parte aparente da cauda mede cerca de 5cm do comprimento total das retrizes, ficando o restante embutido na plumagem.

CONCLUSÃO
Que o trabalho será árduo não temos dúvida nenhuma.
Há porém material genético em quantidade suficiente para trabalhar.
Não usar pássaros que tenham característica do LANCASHIRE é fundamental, ou seja aqueles que tenham cabeças mais longas que largas com pescoço definido, plumagem abundante, cauda caída em relação ao dorso e chorões como recomenda o padrão do LANCA.
A mistura das duas raças está evidente em nossos canários, mas do mesmo modo que as mesclamos os conhecimentos da genética nos ensinam como separá-los.
É preciso não esquecer que muitas das raças atuais de canários de porte foram conseguidas pela mestiçagem de outras raças e que os atuais LANCASHIRE foram reconstruídos após extinção, utilizando as raças YORKSHIRE e CREST com ascendência dos antigos LANCASHIRE.
Finalmente, como não existe mais o pomposo título de campeão brasileiro de canários de porte sugerimos aos criadores que tenham as duas raças, YORKSHIRE e LANCASHIRE ficar só com uma delas evitando assim tentações e maledicências, como fizemos ao iniciar a criação de LANCASHIRE